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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Pós-Operatório: Cirurgia de Fimose: dias II e III



O segundo e terceiro dias depois da operação não foram tranquilos quanto o primeiro. 

Meu pênis estava muito inchado. Liguei para o médico para saber se é normal o inchaço e porque meus pontos estavam sangrando. Segundo ele, o sangramento nos pontos é normal desde que não seja um sangramento intenso. Fiquei menos preocupado, mas mesmo assim fui ao consultório dele hoje pela manhã. Ele deu uma olhada e disse que estava sim tudo bem. Ufa! Menos mal. 

Minha rotina não foi muito afetada: estou de licença do trabalho desde sexta (dia do procedimento) por 10 dias. Por causa da sensibilidade na glande, ainda não consigo usar cuecas slip ou boxer apenas samba-canção. A cabeça fica roçando no pano é terrível. Além disso, os pontos que estão com a pomada ficam agrudando e dá uma aflição enorme. 

Mas algumas alterações foram feitas e são consideradas normais. Por isso, descrevo aqui para quem estiver passando pela mesma coisa:

1) Ereções
São, de longe, a pior parte de todo o pós-operatório. Porque simplesmente não temos controle sobre isso. 
Eu tive ereção logo no segundo dia (sábado para domingo) de madrugada e foi uma dor do caramba! Era como se um arame enfarpado tivesse sendo enrolado no meu pau. E acredite: isso é normal! A dor é porque as peles estão repuxadas e o pênis não encontra espaço o suficiente para crescer. Fiquei todo preocupado porque sangrou. Sorte que nenhum ponto estourou até agora com isso. Mas é muito complicado lidar com as ereções involuntárias da madrugada.



E o mais legal é que é um relógio biológico. Hoje, terça-feira, meu pau ficou duro às 5h30 da manhã assim como nos outros dias. Eu sei que todos os dias nesse horário mais ou menos ele vai me acordar pulsando em dor. Então o que tenho feito para amenizar é:

 - uma bolsa térmica gelada (disponível na farmácia)

 - um pote com um pouco de água e muito gelo (ele derreterá durante a noite de sono, por isso é importante ter bastante)

 - um pano fino 

Quando meu pau queria ficar duro e eu já começava a sentir algo, eu acordava rapidamente no "meia-bomba" e logo encharcava o pano fino no pouco de água bem gelada e colocava no sobre o meu pênis, SOBRE A CUECA. Jamais ponha direto no pênis porque o gelo queima! Às vezes, não funcionou. E então eu tirava o pano e embalava a bolsa térmica e encostava de leve nele e então ajudava. Outra dica: molhar os pulsos e a nuca com água gelada. É melhor ter a cama molhada de água do que sentir dor e encharcar sua cueca de sangue. Sigam essas dicas ;)


2) Banho
Desde que voltei da operação tenho tomado banho sentado na cadeira, fora do chuveiro. O que eu faço é levar o máximo possível de gaze e ir molhando a gaze na água não muito quente e despejando sobre o pênis. Aos poucos e com cuidado, ele vai se acostumando com a água e você consegue ter o controle da situação. Esse é o momento para você fazer o mesmo processo com o sabão antibactericida: enxarque a gaze na água, passe no sabão, faça a espuma e despeje sobre o pênis. E bem devagar  eu vou encostando a gaze nos pontos para tirar o excesso de pomada e o sangue pisado do que sangrou. NÃO PUXE A CASQUINHA QUE FAZ E SEQUER FIQUE MOLHANDO PARA ELA SE DISSOLVER. Porque vai doer e sangrar mais. Nessa hora você sente uma leve ardência mas é normal. 

É a hora de você também tentar, com muito cuidado, puxar um pouco a pele para baixo para tentar lavar a corôa da glande. Isso para os que fizeram a postectomia com freio. Para a circuncisão total, não sei como o aspecto fica então não posso opinar; no meu caso, foi assim que eu fiz até agora (3° dia). E tem dado certo. Infelizmente os banhos estão mais demorados, mas precisos. Logo depois desse ritual, eu entro de costas no chuveiro e lavo o resto do corpo. Como o pênis já se acostumou com a água, sempre escorre um pouco do que desce do meu corpo. Mas não faz mal. Se você aguentar deixar tudo, sorte sua. ;)



3) Abstinência
Meus caros, a gente já começa a sentir uns reflexos do que é ficar sem sexo. Pouco, mas já sente. Porque qualquer coisa que me faça tentar ficar excitado, me dói, então eu mal penso. Mas as vezes só ver um filme (estou em casa) ou acessar o Facebook a coisa já fica tensa. O que eu ando fazendo é: jogando muito video game (rs) e lendo algumas revistas que assino que nada tem a ver com sexo (Vida Simples e Super). Mas para quem tem a vida ativa no ato ou na masturbação pode já começar a sentir os efeitos de sensibilidade e tal. Mas esse tipo de coisa está determinantemente proibido por 30 dias. Uns caras loucos na internet batem uma ainda no período dos pontos... loucos. Isso pode dar um tremendo trabalho como o rompimento da pele, entre outros. Então, rapazes, tentem se ocupar com outras coisas: nada de mensagem no Whatsapp (essa é a mais difícil) com os romances, TV com coisas insinuantes e se possível até a internet (rs).  Aqui no meu caso ainda estou conseguindo abstrair, mas já estou começando a sentir uns efeitos leves. 


Dica: Qualquer anormalidade, como a minha que fiquei desesperado por 2 pontos começarem a sangrar e fazer casquinhas de ferida, é importante ter o acesso direto ao médico. Eu falei com o meu no domingo (dia 2) e hoje (dia 3) fui até o consultório e ele me acalmou. Também uma alimentação mais leve ajuda. Os medicamentos podem trazer constipação intestinal por serem muito fortes. Ou, ainda, soltar geral (rs). Por isso nada de comida pesada ou muito gordurosa: o básico de cada dia, um suco e tudo bem (vença o vício da Coca-Cola rs). No mais, não se preocupe com se acontecer pequenos pontos de sangramento. São normais. Use e abuse das pomadas cicatrizantes nessa hora e limpe sempre para evitar inflamações locais (já que o anti-inflamatório também está agindo).


sábado, 30 de novembro de 2013

Pós-Operatório: Cirurgia de Fimose - Dia I


Galera, vou contar pra vocês como foi a minha primeira semana depois da operação de fimose/postectomia.

 - Quando cheguei em casa da cirurgia, dormi por 40 minutos e acordei com dor. 
Então minha mãe disse que o médico tinha deixado um receita com ela com algumas indicações:



 - Anti-inflamatório
 - Antibiótico
 - Pomada cicatrizante
 - Analgésico caso tivesse dor. 

Todos esses medicamentos acima só compramos porque uma das receitas ficou retida na farmácia.

Com cara e coragem, em seguida, fui tirar o curativo. Sim, o médico tinha dito que eu precisava deixar ele SEM os curativos. E explico: a minha cirurgia não me deixou com a glande toda exposta. Ou seja, não fiz a circuncisão judia. O médico fez um frankstein (rsrs) no meu pau: minha fimose era apenas no orifício. Eu não expunha a glande porque o buraco era pequeno demais. Então ele cortou 2/3 de pele e costurou-a com a pele secundária. O meu prepúcio não estava colado na glande, ele apenas era fechado. Por isso, neste caso, ele pediu para que eu deixasse sem o curativo. Sei que no primeiro tipo de postectomia (como contei no primeiro post do blog), a circuncisão deixa todo o pau exposto e por isso é importante seguir as recomendações do médico - que geralmente pede para deixar o curativo por 2 dias e trocá-lo a cada banho.


Na tentativa de tirar o curativo, e consegui com muito cuidado tirando o microporo e as gazes cheias de sangue MAS ASSIM CHEIAS DE SANGUE, eu desmaiei (rsrsrsrs). Fraco pra caramba, né?!?!? Enfim, desmaiei no banheiro de casa. Mas o que mais me chamou a atenção foi o aspecto do pênis: ele estava MUITO INCHADO e ROXO. E também com um pouco de sangue. De tão inchado, eu não conseguia ver os pontos. Apenas umas casquinhas fininhas. Esse inchaço formou uma especie de cachecol que estava indo até a metade da glande (que estava roxa). Meu pau parecia uma batata da Baked Potato.


Depois do susto do primeiro dia, logo após a cirurgia, e tirado o primeiro curativo deixando ele leve e solto, continuei não sentindo dor. Tomei os dois remédios que ele prescreveu, antibiótico e anti-inflamatório, fui tomar banho. Nessa hora foi tenso.

Meu pau estava muito MUITO sensível. Depois de 25 anos escondido, ali do nada solto no ar, ele realmente sentiria algo. A sensação da sensibilidade é algo que não dá para descrever. Porque ao mesmo tempo que parece um choque, parece um facada, parece um arraanhão, parece tudo. Mas não chega ser dor em si. É quase um susto. Então, tomei banho sentado: coloquei uma cadeira próximo do chuveiro, molhei 2 ou 3 gazes que minha comprou enquanto eu dormia e bem devagar espremi-las no meu púbis (onde ficam os pêlos, agora depilados) fazendo com que a água escorresse para ele. O primeiro riozinho de gota DÁ UMA AFLIÇÃO HORROROSA. Mas eu não senti dor. Desse jeito, fiz isso por diversas e diversas vezes até o meu pênis se acostumar com a água. 

Assim, com as gazes encharcadas de água eu espremia em cima do pênis. Depois, eu passava a gaze num sabonete neutro (Protex é o melhor, galera), fiz bastante espuma na gaze, molhei um pouquinho, e despejei em cima dele. Com isso, vi algumas casquinhas se soltarem com a pressão da água. Isso foi bom porque começou a limpeza do sangue pisado da cirurgia. E também percebi onde estavam os pontos (colados nessa pele inchada parecendo um cachecol). Vocês devem imaginar que eu tomei banho nas costas normalmente e no peito e barriga, deixei cair um pouquinho de água. Mas dá para tomar banho tranquilo. Só ter cuidado. Eu, porém, tomei sentado (rs)

Quando fui me secar, optei por também secá-lo com gaze. As gazes são mais seguras porque não soltam fiapos como o algodão e tecidos comuns, como toalhas por exemplo. Eu dobrei algumas e cuidadosamente ENCOSTAVA na cabeça do pau me fazendo ver estrelas por conta da sensibilidade. Por isso que tem que ser bem devagar. Eu fiz bem devagar. Desse jeito consegui enxugar tudo. E, olha, tenha paciência porque isso demora. Demorei uns 30 minutos só nisso. Então foi a vez de passar a pomada. Como alguns pontos eu não via e não tive a coragem de puxar a pele para ver, a pomada eu passei apenas na borda da pele. Com o dedo mindinho, e consequentemente mais fino, conseguia por a pomada bem na pontinha do cachecol e fazer com que ela escorregasse para dentro da pele, onde estavam os pontos (escondidos pelo inchaço). E fiz isso por toda a borda da minha glande - LEMBRANDO NOVAMENTE QUE MINHA POSTECTOMIA NÃO RETIROU TODO O MEU PREPÚCIO.

Deu aflição, deu medo, deu vontade de chorar, deu arrependimento e doeu. Doeu sim, galera. Principalmente nos primeiros contatos com a água, nos primeiros toque da gaze na secagem e quando coloquei a pomada. Mas não é uma dor terrível de chorar e contorcer. Dá paga aguentar. O pior mesmo foi tentar vestir depois de tudo isso. Nâo consegui por cuecas slip e boxer que tenho. Tive de usar samba canção, segurando na frente porque a glande esta muito, mas muito sensível. Tudo o que encosta nela você perde o fôlego alguns segundos e volta (rs). E fui desacansar. O repouso é fundamental nesse primeiro dia.

Dica: É bom ter sempre o contato do médico nessas horas. Ou do setor de urologia do hospital público onde você ira fazer/fez o procedimento. Assim, qualquer irregularidade como sangramentos, dores fortes e agudas ou qualquer outra anormalidade, é imprescindível o contato médico imediato. 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Dia da Cirurgia de Fimose (Postectomia)


ESSE POST É LONGO. MAS IMPORTANTE

Minha cirurgia de postectomia foi hoje cedo, pela manhã. Todos esses dias atrás eu mal consegui pensar em outra coisa ou pesquisar na internet informações sobre o procedimento. Principalmente, sobre o pós-operatório. 



A hora da minha cirurgia no hospital estava marcada para as 9h, mas meu médico só chegou às 10h. Ou seja, eu estava aos prantos de nervoso. Mal consegui dormir de ontem para hoje. Fiquei muito nervoso, mas todo o processo foi interessante e vou tentar descrevê-lo aqui.

Antes de tudo, ainda na consulta com o médico, pedi para que ele me sedasse. Então, eu não vi absolutamente nada do que aconteceu na sala de cirurgia. Isso é improtante e é o médico quem prescreve. O urologista que você se consultar precisa liberar uma receita com alguns medicamentos para a enfermaria do hospital que deseja operar, seja ele privado ou público.Neste caso, tirando dúvidas com o médico, eu perguntei e ele me garantiu que eu seria sedado. Tanto é que assim que a enfermeira apareceu no meu quarto do hospital, quando me internei pela manhã, a primeira coisa que perguntei foi sobre a sedação. E ela confirmou. Então, galera, não deixem de comentar isso com o seu médico.

1) Não adianta ficar nervoso. 
Eu fiquei nervoso à toa. Mal dormi de ontem para hoje e nada fez com o que a hora passasse mais rápido. Entendo que é uma pressão e tanta. Nada saia da minha cabeça que eu iria morrer ou que o médico erraria na minha cirurgia, teria de amputar o pau, essas coisas todas ruins: todas estavam na minha cabeça rsrsrs. O alívio foi a oportunidade de eu levar 2 familiares para o leito: minha mãe e minha irmã. Isso te acalma um pouco mais. Mas meninos, tentem relaxar. Mesmo. E não pensem bobagem. 



2) Pré-Cirurgia e Cirurgia
NO MEU CASO em que um convênio médico me deu direito à cirurgia no hospital particular de médio porte em São Paulo, tive o privilégio de ter um quarto de Day Hospital só para mim para o procedimento de postectomia. Caso seu convênio cubra, pergunte isso no SAC. Se você fizer em um hospital público, quando o médico pedir para você se internar para a cirurgia, será capaz que você divida o leito com alguns pacientes a mais (geralmente outros meninos/homens que farão a cirurgia). 

Neste caso, cheguei no hospital logo cedo e logo me internaram. Entenda internar em apenas disponibilzar um quarto com uma cama e tv. 40 minutos antes da cirurgia, apareceu uma equipe de enfermeiros que vieram a) medir minha pressão arterial, b) responder um questionário de alergrias, doenças hereditárias e outros assuntos de saúde e c) pedir para que eu tirasse toda a roupa e colocasse aquele roupão azul. Como estava com minha mãe, não me senti desconfortável em tirar toda a roupa na frente dela e colocar esse "macacão". E, sim, eu fiquei com o bumbum (rs) de fora e vocês também vão ficar (rs).

Minutos depois, eles voltaram já com a medicação pedida pelo médico (lembra que eu disse mais acima? então) que consistia em um soro fisiológico diferente desses que a gente tem acesso e alguns medicamentos, como antibióticos diretamente na veia. Para minha sorte, a enfermeira não conseguiu achar as veias dos meus braços, me furando todo e estourando todas as veias. Outro enfeiro teve de vir e achar na minha mão a veia para conseguir por o catéter. PRIMEIRA DOR: check



Isso tudo aí já foi feito comigo deitado na maca. Outro enfermeiro veio me perguntar das minhas necessidades, como se eu tinha me depilado (isso é importante, galera. Precisa se depilar antes do procedimento no púbis e no saco), se eu tinha feito número 2 recentemente, se eu tinha me masturbado naquela manhã (por conta de resquício de líquidos seminais no pênis) e se eu tinha tomado algum medicamento forte. Respondi e pronto, fui levado para a sala de cirurgia. 

(O mais legal é que até a sala, eu vi aquelas luzes no teto passando e passando e pasando rsrsrs... parece um filme mesmo).

Quando cheguei na sala de cirurgia, o médico já estava me esperando com sua equipe que advinhem: era toda a familia dele e ele me apresentou. A instrumentadora era a esposa dele (CONSTRAGIMENTO 1: check), o anestesista era filho dele (CONSTRANGIMENTO 2: check) e duas enfermeiras eram sobrinhas (CONSTRANGIMENTO 3: check). A esposa dele percebeu que eu estava nervoso e quase chorando de medo (literalmente, gente, quase chorando), veio tentar me acalmar dizendo que daria tudo certo. Logo em seguida, me transferiram da maca do quarto para a mesa do procedimento que extremamente esguia e estreita. Meus braços não cabiam na cama quadno esticados, apenas meu corpo. Então, colocaram dois braços na mesa e apoiaram-me como se fosse uma cruz.Introduziram um novo soro e o rapaz, filho dele, veio me explicar a sedação: seria posto antes das picadas da anestesia (que eram 3: duas na base do pênis e 1 na cabeça e são muito dolorosas). Ele aplicou a substância branca no soro e, de verdade, 1 minuto depois eu apaguei.


3) Pós-Operatório
Acordei 45 minutos depois com a maca do quarto parada entre alguns leitos de enfermaria ainda zonzo. Tinha um enfermeiro ao meu lado ajustando os catéteres do meu braço onde tinha mais soro com algum medicamento. Ali eu não sentia nada porque estava a) muito grogue e mal lembro direito do que aconteceu e b) ainda estava sob o efeito da anestesia local e da sedação. Apenas sentia um leve incomodo como se eu estivesse com a bexiga muito, muito, muito cheia e a vontade de mijar era incontrolável. Falei ao enfermeiro que estava sentindo isso e ele trouxe o papagaio, o instrumento de urina masculino. E nada. Fiquei assim por mais uns 20 minutos. Quando olhei meu pau, ele estava todo enfaixado com um microporo e muito sensível. Não tive coragem de pegar muito nele, porém não senti dor.


No quarto com minha mãe, eu estava meio grogue e meio zonzo então não vou lembrar direito do que aconteceu. Apenas que consegui, enfim, fazer xixi. E o incômodo que eu sentia era porque eu precisava ter ido ao banheiro antes do procedimento (fica a dica, galera). E eis a primeira surpresa: quando o jato de urina saiu, molhou o banheiro inteiro. Parecia um pirocóptero, alagando todo o banheiro que tinha no quarto.e ali eu senti um pouco de desconforto e não dor em si. Porém percebi que abaixo da minha cabeça, tinha uma gaze bem suja de sangue. Já fiquei meio apavorado. Daí em diante voltei pra cama. 

Eu voltei para o quarto umas 11h e recebi a comida do hospital que foi canja de galinha com suco de manga. E capotei. Acordei as 16h com minha mãe falando que eu precisava ir. Tirei o macacão azul e sentei na cama, por ordem da enfermeira que estava no quarto. Sim, fiquei pelado na frente dela (o que é de menos porque todo mundo ali na cirurgia viu meu pau revivendo das cinzas). Senti uma leve vertigem mas consegui me trocar. Como meu pau estava enfaixado, eu não senti a tal sensibilidade que dizem. Graças a Deus. 

Vesti a roupa, pus um chinelo (levei tudo isso numa mochila à parte), um shorts bem fininho de academia (esses de cunho bem safado, sabe?) efui embora com ajuda da minha mãe. Ando muitíssimo devagar porque eu senti um leve incomodo. Como se algo estivesse preso nele. Sorte a minha que eu ainda estava sob o efeito da anestesia.

Entrei no carro do meu pai e voltamos pra casa. Nos chacoalhões eu senti um pouco de dor, mas nada demais. Eu estava ainda meio grogue. Quando cheguei em casa, fui direto para a cama para descansar. Mas meu medico tinha recomendações para a minha mãe (por isso, é importante ir alguém junto) de pós-operatório. 

Em suma, a cirurgia foi tranquila. Todo o nervosismo que eu senti antes do procedimento não valeu de nada. Só fez a enfermeira estourar meus dois braços. Eu não vi e não senti nada. Apaguei. Tanto é que nem sonhei, eu simplesmente apaguei. Portanto, é importante ter o diálogo franco com o médico nas consultas que antecedem a cirurgia. Assim, a gente fica mais tranquilo. E você pode pedir a sedação e tirar sua dúvidas sobre o procedimento. No mais, é bem tranquilo. E ali no vamo-vê eu não senti nada. Não se sente nada.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Postectomia ou Circuncisão: conhecer, fazer e entender



Tive fimose congênita até os 25 anos. 
Como sou da geração Y, minha infância e adolescência não foram resumidas em idas aos puteiros da vida para "romper" a pelinha como muitos de nossos pais e avôs. E mesmo que fosse esse o caso, eu não conseguiria porque o tipo de fimose que eu portava era o que não era possível expôr a glande com o pau duro ou mole (ereto ou flácido). Então, podem imaginar como isso foi um fator decisivo na minha estima e também desempenho sexual.



Mas depois de muito tempo pensando e refletindo, tentando entender as complicações de um procedimento desse, resolvi encarar a faca: através do meu convênio médico resolvi me submeter à cirurgia agora no fim de 2013. Para um cara que nunca tinha visto a cabeça do pau, foi um ato de coragem resolver deixar ele todo exposto na cueca e para quem quisesse ver e ~brincar~ com ele. Mas por questões de saúde e estética (estima, claro), me resolvi fazer e fui com a cara e coragem. 

Antes, porém, na consulta com um urologista aqui em São Paulo, tirei todas as minhas dúvidas possíveis. Afinal sou jornalista de profissão e perguntar não é meu problema. Fiz questões simples como sobre o procedimento era feito até questões mais pesadas do tipo "e a punheta, doutor?" e "quando vou poder voltar a trepar? aliás, vai mudar alguma coisa?"

E aí é que eu entendi que há diferenças simples mas significativas nos procedimentos para fimose.

Há a Circuncisão e Postectomia Moderna, pois antes a Postectomia também era realizada nos modelos circuncisos.

A circuncisão é compreendida em retirar toda a pele do prepúcio. Ou seja, o homem vai expôr para sempre a glande, a cabeça do pau. Também cirúrgico, o ato é onde se retira a pele que cobre a glande por inteira costurando a pele primária (essa que a gente vê) com a secundária (que a gente não via, mas os que tem prepúcio conseguem: é a pele que liga o prepúcio ao corpo do pênis). Nesse tipo de procedimento, o paciente leva vários pontos no corpo do pau logo atrás da glande e também no ferio, onde era a ligação do prepúcio ao corpo do pênis e que antes impedia de expulsar a glande no ato sexual ou para a limpeza adequada. 

O segundo tipo, a Postectomia Moderna é bem parecida com uma prepucioplastia. Nesse procedimento, se retira 2/3 de pele que impedia a glande de ser exposta e mantém o freio. Ou seja, o paciente não possui os pontos mais dolorosos e também consegue ter uma faixa de pele que protege a corôa da glande (aquela extremidade do pau que liga ao corpo). Porém, somente um médico pode afirmar qual procedimento é adequado para cada homem. A gente não pode já ir pedindo na consulta: "Dr, quero a postectomia moderna". No exame local ele vai pdoer constatar que tipo de cirurgia é adequada ao seu corpo. 



Depois quando eu entendi isso e o meu médico disse que iria fazer o segundo tipo, fiquei mais tranquilo, mas ainda assim cheio de medo do dia D da cirurgia. Com isso em mente e a maioria das minhas dúvidas sanadas, confirmei a data da cirurgia e fui pra casa cheio de conflito e de emoções mas corajoso.

Por isso é sempre importante ir à consulta médica sem medo ou vergonha. Os médicos estão para nos ajudar e principalmente para nos fazer ter uma vida sexual melhor. Além disso, nos proporcionar um bem-estar de saúde.